Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola
que viveu no século XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do
Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato
Grosso. Quando seu marido morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade
quilombola, revelando-se uma líder ainda mais implacável e obstinada. Benguela
comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo
um sistema com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.
Os objetos de ferro utilizados contra a
comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumentos de
trabalho, visto que dominavam o uso da forja.
O Quilombo do Quariterê, além do parlamento e
de um conselheiro para a rainha desenvolvia agricultura de algodão e possuía
teares onde se fabricavam tecidos que eram comercializados fora dos quilombos,
como também os alimentos excedentes, valente e guerreira ela comandou o
Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, não se sabe se africana ou brasileira.
Dizem que liderou um levante de negros e índios, instalando-se próximo a
Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia. Durante décadas,
Tereza esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu até 1770, século XVIII.
Informação retirada do site da Unegro do Rio
de Janeiro.