Espero
que estas lindas e preciosas pérolas em forma de canções possam ressaltar em
vocês o gosto pela musicalidade da capoeira e da Música Popular Brasileira.
Vejam a importâncias que grandes cantores verdadeiras estrelas da MPB como
Vinícius de Moraes e Clara Nunes, davam a nossa arte, cantando letras
inteligentes e profundas contando, histórias e sentimentos relacionados à Arte
da Capoeira. Estes grandes artistas já se foram, mais deixaram um tesouro, ou
seja, as suas músicas com o axé de suas vozes, estes artistas foram e são
únicos, singulares, inigualáveis!
Axé
Vinicius e Clara, muita luz para vocês!
Berimbau - Vinicius de Moraes
Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...
Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá!
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá!
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...
Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...
Se não tivesse o amor (2x)
Se não tivesse essa dor (2x)
E se não tivesse o sofrer (2x)
E se não tivesse o chorar (2x)
Melhor era tudo se acabar (2x)
Se não tivesse essa dor (2x)
E se não tivesse o sofrer (2x)
E se não tivesse o chorar (2x)
Melhor era tudo se acabar (2x)
Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais...
Mais do que eu
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais...
Mais do que eu
Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...
Jogo de Angola - Clara Nunes
No tempo em que o negro chegava
fechado em gaiola,
Nasceu no Brasil,
Quilombo e quilombola,
E todo dia, negro fugia, juntando a corriola.
Nasceu no Brasil,
Quilombo e quilombola,
E todo dia, negro fugia, juntando a corriola.
De estalo de açoite de ponta de faca,
E zunido de bala,
Negro voltava pra Angola,
No meio da senzala.
E zunido de bala,
Negro voltava pra Angola,
No meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo
Berimbau mharakê e viola,
Negro gritava "Abre ala”
Vai ter jogo de Angola.
Berimbau mharakê e viola,
Negro gritava "Abre ala”
Vai ter jogo de Angola.
Perna de briga,
Camara...
Camara...
Perna de briga,
Olê...
Olê...
Ferro de fura,
Camara...
Camara...
Ferro de fura,
Olê...
Olê...
Arma de atira,
Camara...
Camara...
Arma de atira,
Olê... Olê...
Olê... Olê...
Dança guerreira,
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira...
Negro embola e disembola...
E a dança que era uma dança para o dono da terra,
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou libertação,
E por toda força coragem, rebeldia,
Louvado será tudo dia,
Esse povo cantar e lembrar o Jogo de Angola,
Na escravidão do Brasil.
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira...
Negro embola e disembola...
E a dança que era uma dança para o dono da terra,
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou libertação,
E por toda força coragem, rebeldia,
Louvado será tudo dia,
Esse povo cantar e lembrar o Jogo de Angola,
Na escravidão do Brasil.
Perna de briga,
Camara...
Camara...
Perna de briga,
Olê...
Olê...
Ferro de fura,
Camara...
Camara...
Ferro de fura,
Olê...
Olê...
Arma de atira,
Camara...
Camara...
Arma de atira,
Olê... Olê...
Olê... Olê...
Fuzuê - Clara Nunes
Berimbau batia
Cabaça gemia
Moeda corria
Eu queria pular...
Ah! Ah!
Eu queria pular...
Ah! Ah!
Escrevi meu nome num fio de arameCabaça gemia
Moeda corria
Eu queria pular...
Ah! Ah!
Eu queria pular...
Ah! Ah!
E quem quer que me chame
Vai ter que gritar
Eh Camará, Eh Camará
Eh fuzuê
Parede de barro
Não vai me prender (4x)
Maria Macamba perdeu a caçamba
No cateretê
Sambou noite e dia
Que até parecia que ia morrer
Nasceu no quilombo
Aprendeu levar tombo
No canjerê
Foi de cesta no lombo
Com água e pitombo
Trocar por dendê, fuzuê
Eh fuzuê
Parede de barro
Não vai me prender (4x)
Tinha um pé de coqueiro
Cobrindo o terreiro
De onde eu nasci
Eu vi que o coco era oco
E valia tão pouco
Para se subir
Mas eu com um taco de toco
Batia no coco
Pro coco cair
E pegava no coco
Quebrava num soco
Sem repetir, fuzuê
Eh fuzuê
Parede de barro
Não vai me prender (4x)
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